sexta-feira, 13 de novembro de 2009

“Auto-destruição em massa”


Nos primórdios da humanidade, Darwin dizia que andávamos sobre as quatro pernas e nos comunicávamos por meio de desenhos. Ao longo do nosso desenvolvimento, passamos a nos apoiar em duas pernas e a nossa fala tornou-se extremamente complexa e desensolvida. A comunicação passou de simplista a complexa e intensa.

No entanto, será que o nosso processo tecnológico é proporcional a melhoria das nossas condições gerais de vida? Em outras palavras, somos tão inteligentes quanto parecemos ser ? E, se somos, utilizamos a nossa inteligência para o bem?


Dumont inventou o avião, o meio que possiblitou o avanço na transmissão da informaçãoe transporte rápido de pessoas e mercadorias e, até mesmo, o largo uso de bombas por meio dele, na segunda guerra mundial. Utilizaram-se da exímia inteligência desse brasileiro como instrumento de opressão e medo. O genocídio causado em Nagasaki e Hiroshima deixou vestígios na sociedade japonesa e na maneira com a qual ela encara o ocidente.


Não é preciso ir muito longe, nem viajar tanto tempo para nos depararmos com uma realidade de povos inolerantes que, opcionalmente ou não, acabam vivendo numa carnificina constante.


A ocupação do Iraque pelos Estados Unidos é um exemplo, no qual a política imperialista do antigo presidente, o Bush, mascarada sob a forma de combate ao terrorismo e auxílio na restauração do governo iraquiano, dizimou a população, levando a mesma a destruição parcial de seu território e de suas famílias. Num país onde o IDH beira os 0,9 e o índice de escolaridade é de 12 anos, espera-se que o diálogo e a relação com outros países seja, no mínimo, um pouco mais compreensível.


Vivemos o antagonismo do século XXI, onde as tecnologias são fartas, mas os sentidos do tato e do bom senso não são usados.


As múltiplas etnias existentes se comunicam, mas não se entendem. São precisos armas, pistolas e bombas pra tentar estabelecer uma ordem. Uma ordem que não respeita uma lógica, nem tem um objetivo. As pessoas se tornaram meros peões de um jogo de poder, no qual os jogadores disputam o controle de toda a sociedade.


É preciso a reafirmação de valores esquecidos num mundo onde a efemeridade beira a ignorância e o resgate de práticas altruístas que, de alguma forma, beneficiem um grupo, mas não em detrimento de outro.


Somos partes de uma mesma raça: a humana. Vamos cuidar para que ela não se destrue.